sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O jogo de jogar as coisas fora (1)

Uma poesia de Manuel Bandeira chamada BALADA DO REI DAS SEREIAS, conta a história de um rei que atirava coisas ao mar e pedia para que as sereias fossem buscá-las, senão elas virariam espumas das ondas do mar.
Ele jogou um anel, e as sereias o trouxeram de volta p/ seus dedos, depois grãos de arroz e as sereias resgataram todos e por fim ele atirou sua filha que morreu...

"Foram as sereias...
Quem as viu voltar?...
Não voltaram nunca!
Viraram espuma
Das ondas do mar."

Talvez esse rei more dentro de nossa cabeça e seja o culpado por nosso medo de jogarmos coisas fora, pois ele jogava e queria de volta.Acredito que não jogamos  algumas coisas fora, por não saber o que colocar no lugar.
Mas estou pensando bem: será que necessito mesmo de tudo o que guardo? Seria até bom me livrar de alguns anéis, de grãos de lembranças e de pessoas que não mais fazem parte da minha vida.
Seja qual for a explicação para juntar tantas coisas e sentimentos, a minha conclusão é de que isso é ruim!
Decidi começar amanhã uma  limpeza geral. Vou retirar o excesso material (conto com a ajuda do Tó e da Babi) e mental que é específico e pessoal.
Acompanhe esta minha difícil jornada.

 

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